Título de cidadão em Aparecida (PB)

O nosso CEO, Marcelo Paes de Carvalho, recebeu o título de cidadão Aparecidense na última quinta (05) e foi um momento muito especial. Gostaríamos de compartilhar com vocês o discurso feito por ele. 

“Apesar de eu ter rodado quase todos os estados desse meu amado Brasil produzindo cultura, formando pessoas e por consequência, promovendo e espalhando aquilo que eu mais acredito, que é a transformação através da arte, é aqui em Aparecida, no sertão paraibano, que eu recebo essa homenagem que de todas as maneiras possíveis me faz bater forte o coração. Não podia ser diferente. Tive a oportunidade inclusive de produzir uma série de TV, em parceria com uma produtora da Bélgica, com um dos episódios sendo rodados aqui. Esse episódio, onde aparece um pouco desse município tão único, com imagens do patrimônio da Acauã e das suas estradas de terra, além de personagens tão importantes para nós, como a saudosa Dona Chiquinha Mourão, foi distribuído para mais de 50 países. Eu já dei 2 voltas ao mundo. Eu já estive em mais de 70 países. E por onde eu ando pelo mundo, de alguma maneira, eu levo essa cidade comigo, seja em alguma camisa dos muitos eventos que aqui participei, seja na minha lembrança de situações que passei aqui, ou mais ainda, dos amigos que a vida me deu de presente que vivem por esse canto do meu amado Brasil. Obrigado a minha família, em especial a meus pais que me permitiram ser quem eu quisesse. Obrigado a minha companheira Jessica, por estar ao meu lado mesmo quando não estou presente fisicamente. Não poderia deixar, além disso, de agradecer a câmara de vereadores do município de Aparecida e ao governo municipal, que me agraciam com essa homenagem que eu recebo com muito orgulho, mas também a todos os bravos guerreiros da cultura sertaneja. Saúdo vocês, admiro vocês, me inspiro em vocês todos os dias. Obrigado por de alguma maneira me deixarem lutar ao seu lado nas trincheiras da luta cultural. Obrigado, portanto, a todos os membros e ex-membros da Acauã Produções Culturais. Obrigado França. Obrigado Laercinho e toda a sua família, que me fazem sentir parte dela. Obrigado a todos os seus parceiros de luta. Obrigado a todos os jovens que são na verdade a razão de existir da nossa luta diária. Obrigado a essa pessoa que é uma das estrelinhas que estão ali nesse momento brilhando no céu, olhando por nós, e que sem dúvida é um dos principais responsáveis por todo esse movimento cultural que existe em Aparecida. Obrigado, Manoelzinho. Não tive a honra de te conhecer em vida, mas vejo seus sonhos e o seu legado cada vez que eu piso nessa terra que tanto dou valor. Veja bem… Produzir cultura em qualquer lugar do mundo já é um ato de coragem. Produzir cultura no Brasil, então, nem se fala, ainda mais em tempos tão obscuros que vivemos com um governo em que as armas são mais importantes do que os livros e a produção de conhecimento. Produzir cultura na Paraíba, um desafio que não dá nem para começar a explicar, ainda mais com um secretaria de cultura estadual que absolutamente não cumpre o seu papel de fomento a tão valorizada pelo mundo afora cultura paraibana, com ZERO de investimento de recursos próprios no fomento a cadeia produtiva do Estado. Produzir cultura no sertão, meus amigos, portanto, vocês podem imaginar… é coisa de gente sem muito juízo. Mas esses desajuizados, de alguma maneira, encontram forças e resiliência para transformar o mundo a sua volta. Sim. Transformar. Vejo aqui alguns jovens nesse momento, que eu conheço já há tantos anos e que acompanhei o seu desenvolvimento, hoje com seus olhos brilhando por serem sabedores do maior poder que tem em suas mãos: O poder de transformar a nossa sociedade, de transformar o mundo, de valorizar a nossa identidade, e o fazer cultural é a nossa ferramenta.
Aparecida está em mim. Aceito, portanto, essa homenagem, não por vaidade, mas por um outro motivo: O de poder chamar cada um de vocês aqui presentes de meus conterrâneos…. Afinal, agora eu sou oficialmente um sertanejo. Agora eu sou oficialmente um paraibano.
Obrigado. Muito obrigado.”

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